Já doei meu corpo
À tua alegria.
Já senti teu rosto;
Tua cara fria...
Mas nunca, na passagem
Desse tempo onde criei
Todo esse ódio negro
Nesse quase-verso-branco
Não achei pessoa alguma
Que curasse esse meu pranto.
Já cortei os pulsos
Com lâmina fria
Me acolheu convulso,
Me encheu de alegria.
Mas só quero que saiba
Que amanhã quand’eu partir
Te levo com meu pranto
Nesse quase-falso canto.
Já doei meu corpo
À tua alegria.
Já senti teu rosto
Tua cara fria...
E só quero que saiba
Que amanhã quand’eu partir
-Não há nada maior
De tudo que eu por ti senti.
2 comentários:
Ah Rafael Avancini, você sabe que eu te adoro, né?
afinal,
você escutava chico ou só se lembrava dele na hora de (com)por o poema?
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