terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Triste Fim de Sorocaba Quaresma

Era uma vez um jovem guerreiro. Ele tinha dois amigos: o Buiú e o Cidão. Certa vez esse jovem guerreiro descobriu que "o amor não tem hora para acontecer", mesmo sendo advertido por seus amigos, Buiú e Cidão, da possibilidade de se lascar com um amor em sua vida. Então começou a namorar. E se fudeu.

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Dedicado ao meu amigo, Sorocaba.

domingo, 4 de julho de 2010

Vi Vendo e Aprendendo

Quando a gente anda na rua depois da chuva e molha o tênis de pano. Usa guarda-chuva mas sempre molha a barra da calça. O lance é descobrir até que horas a chuva ainda é boa: tem que saber se é bom sentar num boteco e esperar passar com um amigo. Ou se já é tarde é é hora de ir pela calçada evitando chuva pelos cantos das casas. Pode estar frio demais e ficar em casa com o violão nem sempre é má idéia. E ainda tem que saber que nem sempre cabem muitos "eu's" quando alguém chama um "quem".

domingo, 16 de maio de 2010

"Com cheiro de camisa
Na gola da calça."

Estar de cabeça para baixo
Nos deixa suscetível a tropeços.

"E rasguei as luvas andando de bananeira no chão"

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um Post Novo Vindo de um Caderno Velho

Mexendo nas minhas coisas antigas(antigas do tipo: quando eu tinha 11 anos) achei os seguintes versos:

"É, acho normal
Nem sensacional
Que a vida seja
Vez ou outra um tanto banal."

Como assim eu descobri isso aos onze anos? E como assim não fiz nada com isso ainda?

segunda-feira, 22 de março de 2010

O Prólogo dos Pontos Finais

E ponto.
É?
É. É sempre assim que acontece. A gente aponta as pintas pardas na pele branca e colore um pouco um pedaço do peito. Mas a gente sempre perde... porque todo pingo cai pensando um pouco em como ser maior. E todo pingo sonha um pouco sol e arco-íris, caindo alto. E baixo também. E tem ainda quando a gente pinga e sonha negro. A gente não se olha na cara e se esconde por trás da chuva. E diz é ponto. E é final, mas não é. E aí é, sim. E ponto.

quarta-feira, 17 de março de 2010

"Estrelas nos Olhos"

Lembra de quando a gente é pequeno e anda contando passos evitando pisar nas linhas? E quando a gente anda no meio fio e não pode cair? E lembra de lamber o sorvete rápido pra não derreter? E de quando a gente diz que "iu" num lugar? E de sentar no chão e sair de bermuda suja? E de tomar água gelada e sentir dor de cabeça? Queimar a boca com pão-de-queijo? Chamar a mãe de noite? Falar alto? Gritar? Lembra?

É... é que hoje eu lembrei. Mas parei de lembrar. Portas se coloriram e borboletas se abriram no lugar.

domingo, 14 de março de 2010

Full gas

É que eu tenho agulha e linha agora.

E eu descobri...
Depois da estrada tem outro lugar pra onde eu vou
Mas não fujo pra lá.
Só vou.
E se eu boto roupa na mala
É pra deitar na grama num chãozinho qualquer...

sábado, 13 de março de 2010

Segunda pessoa[e no plural]

choveu.
eu e o céu
meu e seu.
e eu chovi. Forte.

mas a grama sempre cresce depois disso.
e eu plantei.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Éden

meio dia.
meio claro.
meio quente.

o sol em placa na terra úmida.
descalço, deixo passar a terra entre os dedos.
um cachorro late longe, bravo.

a árvore me olha, com suas acerolas.
desço e pego uma, levo à boca.
sinto sua doce acidez.

a árvore é justa:
não importam o preto e o branco.
o alemão e o turco.
o de anel de ouro e o de pulseira trançada.
todos ganham o mesmo doce e a mesma acidez.

só precisam encontrar suas árvores.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Astrologia

Eu li que é tempo de sol em aquário.
Agora é tempo de diversão.

Mas e o Peixe?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Efeito Ciclo-Dominó

Um moço passa na rua e me olha,
Eu também me olho no vidro da loja,
Eu penso a meu respeito,
Eu descubro um monte de merda,
Aí eu bebo e caio,
E ando da rua.

Aí um moço passa na rua e me olha...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Às Onze

Não sei ainda quem foi que me fez assim,
Desesperado, aflito, fugaz.
Sei que é peso que braço algum carrega mais,
Sei que é doce herança da solidão
Jazendo um eu sozinho.

Ainda não sei se é exagero,
Mas me recolho e choro, ausente de mim mesmo.