quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A Minha História

A ausência do personagem da minha história fez com que começasse e recomeçasse meu enredo por milhares de vezes. Ele é o homem. Uma vez tentaram retirar a máscara do homem pra ver o que havia por baixo dela; sem história nem enredo. Se assustaram tanto que o proibiram de voltar aqui, pra história. Agora fica tudo assim: sem enredo, sem personagem e sem história. O homem está se maquiando na tentativa de voltar à hiostória.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Projétil

Fiu lançado na noite.
Noite veloz e atroz.
Degustei a sombra da carne
Que apodrecia à noite.

Sou projétil humano
Lançado à terra e busca de vida.

Amai ao projétil!
Louvai o projétil!
Adorai o projétil!

Sou projeto.
Amai ao projeto.
Que o dia nascerá.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

(não sei um título)

Crie a imagem de um palhaço.
Agora de um palhaço muito alegre na perna-de-pau.
Um monte de crianças correndo em volta.
Colora tudo com bastante cor...
Colorido de gastar a ponta do lápis.

Agora pega o papel e joga no lixo.

Assim é a poesia.
A gente lê, emociona e guarda o livro.

domingo, 7 de dezembro de 2008

A escrita, o barulho e o dever

Ficaria sentado algum tempo sentindo a música se não fosse a obrigação de escrever algo. Era sempre aquilo. Nunca ouvia suas músicas por achar que devia escrever. O problema era justamente esse: estava tudo se tornando igual, sempre acontecia a mesma coisa. A faca suja de manteiga - ou margarina, nunca soube distinguir-, o papel no canto da mesa, todo rabiscado. Ah! Havia a mala quase pronta entre a sala e a copa. Devia estar pronta há uns seis meses. Dentro da mala algumas peças de roupa, umas meias, cuecas e uma escova de dente nova; fechada. Faltava somente um caderno e uma caneta. Senta à mesa e escreve. A música continua tocando, mas acaba virando só barulho solto.
Pronto: texto escrito... agora, atenção à música, por favor.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Goodbye

E o vento rega a face trigueira
Que se aproxima do chão
A 10 m/s².

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Gustação Poética

Diria até que não sofro.
Mas a poesia arranca a carne que nasce todo dia.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A Luz e o Astronauta

Deuses e Deusas,
Se acasalam, laicos.
Nasce uma estrela!
Estrela-Deus.

Dá-me um milagre, Deus-Estrela!
Só um...
Deixa-me ser estrela,
Qu'estrela nunca morre.
Estrela sempre brilha,
Mesmo sem luz.

Há no fogo do Homem
Um pouco de luz de Estrela-Deus.