terça-feira, 24 de junho de 2008

Dia 1

E o cara da rádio não cala a boca.
Não quero saber da crise estatal.
Acho meu estômago mais importante
Do que a crise nacional.

Foda-se a prefeitura
Se dane o congresso
Se lasque o prefeito
Jà tem mais de um processo.
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Dia 2


Obrigado, Senhor
O pão estava ótimo.
Não gostei muito do circo,
Acho que pode melhorar.
O palhaço é sem graça
E eu preferi o mágico.

Obrigado, Senhor
Já trabalhei minhas oito horas,
Respondi ao meu processo
E não levei meu patrão na justiça.
Sem contar que pus
Cinqüenta centavos na caixinha
Da Igreja.

Amém, Senhor.
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Dia 3

De repente
Ficou tudo tão pequeno
Que até entendo Rutherford.
Mas ainda não sei nada
Sobre a crise nacional.

Às vezes sinto muita vontade de comer açúcar
Deve ser o resultado da metamorfose.
Ou porque ninguém tem coragem
De vir Kafka comigo.
É o nojo da casca das costas.

Obrigado, Senhor.
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Dia 4

E o cara da rádio
Não quer calar a boca
Eu já me cansei da crise nacional.
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Dia 5

Fui, enfim despedido
Daquela droga de rádio
Não preciso mais saber sobre a crise nacional
Eu só quero agora minha arma na boca
E ir pra casa e coisa e tal.
Tchau.
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Dia 6
...
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Dia 7
...
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Dia 8
...
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Dia 9
...
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ETC.

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Obs: ETC = Espírito Tragicamente Corrompido

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