domingo, 23 de novembro de 2008

Sobre Homens, Borboletas e Cruzes

Havia uma borboleta.
Dois pregos atravessavam suas asas.
Havia uma cruz.
Dois pregos atravessavam uma cruz.
Havia um homem.
Ele pregava um borboleta na cruz.
Homens e borboletas nascem livres,
Mas sempre há uma cruz no caminho.

4 comentários:

Anônimo disse...

Mas é verdade, eu compraria sim. Taí uma dica!
De onde surge inspiração?
Haveria alguma relação entre seus textos e a sua vida pessoal?

R. Avancini disse...

Sou a favor da extinção da inspiração...
Apesar de vê-la de mãos dadas comigo, às vezes.
Relação com minha vida? Acho que não... os sentimentos são meus, é claro, mas sempre -ou quase- estão hiperbolizados ou um tanto mudados.

Anônimo disse...

Entendo. Mas acho que, mesmo quando não percebemos, mesmo que sem desejar, acabamos deixando implícito algo relativo a nós mesmos (não só a questão sentimental, mas valores, por exemplo) nos poemas, textos e até mesmo narrativas. E eu particularmente acredito que aí surge a tênue linha entre o escritor e o dissertador: é o de se transformar em uma nova pessoa, livre de preceitos e restrições e escrever com a alma.
Mostrei seus textos para alguns amigos meus, e todos concordaram que você escreve muito bem!

R. Avancini disse...

Obrgado pela divulgação...

Ah... é sempre relativo. É como se a tinta da caneta fosse sangue. Sempre tem um pouco da gente do que sai da gente.