segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Sabessência

Algo o escapava.
Taparam a boca,
Saía-lhe pelos ouvidos.
Entopiram-lhe os ouvidos,
Escorria-lhe pelo nariz,
Exgugaram-no e enfiaram algodões.
Saía pelo ventre,
Costuraram-no e prenderam ao eterno.
Por fiom, a matéria desprendeu--se do corpo
E desenlaçou-se do páreo limite;
Era a agonia do saber exagerado.

3 comentários:

Anônimo disse...

"Perguntaram-lhe por que havia de levar respostas só para ele até o fim.
- Porque não fizeram as perguntas certas ainda"

Henrique disse...

Muito bom! Adorei, acho que escapaba deveria ser um escapava... certo?

Pate aqui! também quero saber exageradamente, também saber exageradamente o não saber... mas tudo em exagero

R. Avancini disse...

É legal não saber de nada e assustar no fim-das-coisas, quando a gente já acha que sabe tudo.