meio dia.
meio claro.
meio quente.
o sol em placa na terra úmida.
descalço, deixo passar a terra entre os dedos.
um cachorro late longe, bravo.
a árvore me olha, com suas acerolas.
desço e pego uma, levo à boca.
sinto sua doce acidez.
a árvore é justa:
não importam o preto e o branco.
o alemão e o turco.
o de anel de ouro e o de pulseira trançada.
todos ganham o mesmo doce e a mesma acidez.
só precisam encontrar suas árvores.
3 comentários:
eu quero terra entre os dedos! hahaha
existe?
sss
"O sol que veste o dia
O dia de vermelho
O homem de preguiça
O verde de poeira
Seca os rios, os sonhos
Seca o corpo a sede na indolência
Beber o suco de muitas frutas
O doce e o amargo
Indistintamente
Beber o possível
Sugar o seio
Da impossibilidade"
ass: Allan Delon
só a árvore é justa?? diria eu a natureza....mas isso é pq vivo na cidade como diria " o matuto".
beijos
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