terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Seu Corpo e Eu, Corpus

Sua boca solta-me uma palavra.
Meu ouvido surdo só me diz barulho.
Sua mão diz-me, no rosto, devagar.
Não entendo, com minha pele grossa.
Seu cheiro me engana,
Já não sou tão bom entre ti e as rosas.
Então me olhas.
Assim, nem o vento mais negro poderá me enganar:
É seu olho batendo na porta e me chamando pra jantar.

Um comentário:

Veronique d'Angoulême disse...

"Seu cheiro me engana,
Já não sou tão bom entre ti e as rosas."

Que lindo!